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Colostro: o que é, quais os benefícios.

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O colostro é o primeiro tipo de leite materno produzido pelo corpo da mulher, após o nascimento do bebê. Rico em proteínas, ele é muito importante para nutrir o recém-nascido e estimular a mama, que em breve começará a produzir outro tipo de leite.

Após o período de gestação e pré-natal, é provável que a mamãe já espere esse primeiro momento com ansiedade, já que será o início de uma ligação muito importante e esperada pela mamãe com seu bebê: a amamentação. Essa ação tão única e especial, que cuida da saúde do bebê enquanto aproxima ainda mais mãe e filho.

No entanto, pode ser que você ainda tenha algumas dúvidas de como vai ser esse comecinho de amamentação. Para entender melhor a respeito do colostro materno e tudo o que o envolve, fizemos aqui um pequeno tira-dúvidas com algumas informações mega importantes. Confira!

O que é o colostro?

O colostro, do latim colostrum, é o “primeiro leite  do mamífero após o nascimento”. Ou seja, ele começou a ser produzido ainda durante a gestação, e é primeiro líquido materno liberado pelas glândulas mamárias após o parto.

O vazamento de colostro de seus seios não significa que o trabalho de parto está chegando. É normal que algumas mulheres percebam isso já no segundo trimestre. Algumas não percebem nenhum sinal de vazamento de colostro, enquanto outras verão colostro seco em seus mamilos. Se estiver vazando colostro, você pode usar absorventes descartáveis ou laváveis, mas não se preocupe, pois geralmente é em pouca quantidade e absolutamente normal.

Em característica, ele é denso em nutrientes e rico em anticorpos e antioxidantes para construir o sistema imunológico de um bebê recém-nascido. Não é, ainda, o leite em si, que virá depois. Ele muda para o leite materno dentro de dois a quatro dias após o nascimento do bebê, assim como sua cor e forma.

O colostro é mais espesso e mais amarelo do que o leite materno tradicional. Sua cor vem dos carotenóides (um antioxidante) e da vitamina A. A vitamina A desempenha um papel vital na visão, na pele e no sistema imunológico do bebê.

Além disso, o colostro também contém:

  • Imunoglobulina A (anticorpo).
  • Lactoferrina (uma proteína que ajuda a prevenir infecções).
  • Magnésio, que ajuda no funcionamento do coração e reforça os ossos do bebê.
  • Leucócitos (glóbulos brancos).
  • Fator de crescimento epidérmico (proteína que estimula o crescimento celular).

Quais os benefícios do colostro?

Diante de tantos componentes importantes, o colostro materno fortalece o sistema imunológico do bebê e fornece nutrição concentrada. Alguns dos principais benefícios do colostro são:

  • Fortalece o sistema imunológico do bebê.
  • Estabelece um intestino saudável, ao revesti-los.
  • Oferece a nutrição ideal para o recém-nascido.
  • É de fácil digestão.
  • É muito benéfico para prematuros.

Quais são as fases do leite materno?

Basicamente, são três os estágios pelo qual o leite materno passa: colostro, leite de transição e leite maduro.

  1. Colostro: Seu primeiro leite que dura entre dois e quatro dias após o nascimento.
  1. Leite de transição: começa de dois a quatro dias após o nascimento e dura cerca de duas semanas. Esse leite é muito importante, principalmente para bebês que apresentam icterícia ao nascer. Continua rico em nutrientes, mas está se adaptando e encorpando para que a nutrição acompanhe o desenvolvimento do bebê. As pessoas geralmente dizem que esse leite de transição é o “leite descendo”: a mulher começa a perceber os seios mais cheios e pesados. Isso é normal e esperado, significa que a produção de leite está aumentando.
  1. Leite maduro: Inicia-se aproximadamente 14 dias após o nascimento e segue até que você termine de produzir leite. A essa altura o estômago do bebê já expandiu e sua capacidade de mamar está cada vez maior. Sua cor é mais encorpada e branca. Mamães que produzem muito leite, além da capacidade de ingestão do bebê, podem doá-lo para bancos de leite, inclusive, fazendo a ordenha (seja manual ou por bomba elétrica).

Em suma, o leite materno e o período de amamentação tem características muito próprias e que precisam de carinho e atenção. Quanto mais informação você tiver sobre cada detalhe, do colostro até quando a criança parar de mamar, melhor!

Depressão pós-parto: como identificar?

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A depressão pós-parto é um dos problemas mais sérios da maternidade; e que muitas mães não esperam, nem desejam. O nascimento de um bebê dá início a um período de variedade de emoções poderosas: alegria, animação, medo, ansiedade… tudo ao mesmo tempo. Mas a depressão não é nada que se assemelhe a nenhum desses sentimentos isoladamente.

Você imagina que, com a chegada do bebê, tudo será mais bonito e especial. Percebe que todos a sua volta estão radiantes e muito felizes. As pessoas parecem alegres e muito animadas… menos você. O que estará acontecendo?

Os sintomas de depressão pós-parto podem ser sorrateiros em algumas mulheres; ou aparecerem de forma mais explícita em outras, mas precisam ser tratados com o máximo de atenção e urgência assim que detectados. A seguir esclarecemos alguns pontos importantes desta condição e o que fazer para buscar ajuda.

Como identificar a depressão pós-parto?

A maioria das mães experiencia o que chamamos de baby blues (ou tristeza pós-parto) logo após o nascimento da criança. Geralmente, essa condição começa por volta de 2 dias após o nascimento do bebê e dura, em média, 2 semanas. A mãe tem sintomas como:

  • Mudanças de humor.
  • Crises de choro
  • Dificuldade para dormir.
  • Irritabilidade.
  • Ansiedade.
  • Melancolia.

Mas algumas mães sentem algo mais severo e profundo, que dura muito mais tempo e traz consequências graves se não tratada: uma tristeza profunda pós-parto que pode culminar em depressão. Em alguns casos, quando muito grave, é chamada de depressão perinatal quando acompanha a mãe ainda na gestação e persiste por uma parte da primeira infância do bebê.

A depressão pode, sim, ser confundida com o baby blues num primeiro momento, mas principal diferença entre o baby blues e a depressão pós-parto é, portanto, a profundidade com que os sintomas aparecem e o tempo em que perduram. Estes sintomas podem interferir em sua capacidade de cuidar de si mesma ou do bebê.

Observe os principais sintomas da depressão pós-parto:

  • A melancolia e o baby blues dos primeiros dias simplesmente não passa.
  • Você continua se sentindo triste e sobrecarregada.
  • Concentração reduzida, distrai-se com facilidade.
  • Tristeza ou culpa consomem seus pensamentos.
  • Você fica chateada a maior parte do dia, e não tem vontade de fazer nada por si ou pelo bebê.
  • Falta de emoção em coisas relacionadas ao bebê (não se interessa ao ver uma loja de roupas ou brinquedos para bebês, por exemplo).
  • Dificuldade em criar um vínculo de amor com o bebê. É como se ele fosse um desconhecido e você está se esforçando para gostar dele.
  • Perda de interesse em coisas que você amava (filmes, comida, passeios, música)
  • Dificuldade em tomar decisões simples do dia-a-dia por sentir-se cansada e triste o tempo todo (tomar banho, hidratar o cabelo, sair para caminhar, trocar a fralda do bebê).
  • Grande preocupação em ser uma boa mãe ao passo em que sente que não vai conseguir.
  • Falta de esperança.
  • Crises de pânico.

Vale lembrar que alguns estudos mostram que os pais também podem sofrer de depressão pós-parto. Eles podem se sentir tristes, cansados, sobrecarregados, ansiosos ou ter mudanças em seus padrões habituais de alimentação e sono. Estes são os mesmos sintomas que as mães com depressão pós-parto experimentam.

No geral, pessoas com histórico de depressão, problemas de relacionamento ou dificuldades financeiras correm maior risco de depressão pós-parto e é muito importante que procurem acompanhamento psicológico já durante a gestação mesmo que estejam se sentindo bem. A terapia pode ajudar muito a enfrentar o puerpério de maneira mais tranquila e espantar o risco de depressão.

Como tratar a depressão pós-parto?

É importante ligar para o seu médico, obstetra ou terapeuta o mais rápido possível se os sintomas de depressão apresentarem algum destes recursos:

  • Sintomas estão piorando.
  • Está cada vez mais difícil para você ter que cuidar do bebê.
  • Dificulte a conclusão das tarefas diárias.
  • Inclua pensamentos de ferir a si mesma ou ao seu bebê.

Os médicos saberão encaminhá-la para o melhor tratamento quanto antes.

A rede de apoio da mamãe deve estar atenta, pois que sofre de depressão pode não reconhecer ou admitir que está depressivo. Elas podem não se dar conta dos sinais e sintomas. Portanto, se alguém suspeitar que a mamãe está sentindo uma tristeza ou desânimo profundos, ou qualquer outro sintoma, é importante buscar apoio médico para a mamãe imediatamente.

Em suma, o primordial é buscar ajuda. Lembre-se que a depressão pós-parto não é um sinal de fraqueza. Ela precisa ser encarada com uma complicação após dar à luz, sem cobranças nem julgamentos. E assim como outras milhões de pessoas, você vai tratar essa condição e curar-se para ficar bem mentalmente — para si, e para seu bebê.

Mamãe com ansiedade: o que fazer?

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A gravidez é um momento emocionante, que pode trazer uma certa ansiedade pela espera do novo integrante. É possível, sim, que você experimente uma verdadeira montanha-russa de emoções durante a gravidez e após… mas se a ansiedade se tornar algo mais profundo, atrapalhando sua rotina e seus planos, pode ser um problema.

Algumas mulheres sentem alegria a cada vibração ou chute, maravilhadas com a mudança de seus corpos. Só que, para outras mulheres, a gravidez é difícil, sem alívio, pois traz fadiga intensa, mudanças de humor e preocupações constantes. Você pode perceber que, a cada mês que passa, seus pensamentos ficam fora de controle, afetando seu desempenho no trabalho e seus relacionamentos em casa. O que será isso?

Como distinguir as preocupações comuns com a chegada de um recém-nascido de uma crise de ansiedade que precisa de atenção e cuidado? Entenda melhor sobre esse assunto a seguir.

O que causa ansiedade na gravidez?

Com as mudanças físicas e psicológicas, é comum que a mulher fique mais vulnerável a episódios de ansiedade durante a gravidez. Isso significa que apesar de a ansiedade ser a mesma que outras pessoas também experimentam, a mulher acaba sentindo os sintomas de forma mais intensa do que o normal.

Alguns sintomas de crise de ansiedade:

  • Medo e preocupação sem motivo aparente.
  • Sudorese e momentos de palpitação cardíaca.
  • Tremores.
  • Falta de ar.
  • Medo de passar mal, ou sensação de que algo ruim vai acontecer.
  • Sensação de queda de pressão, medo de desmaiar.
  • Síndrome das pernas inquietas (dificuldade de dormir por se mexer demais).

É muito importante contar todos esses sintomas a seu médico que está acompanhando o pré-natal, para serem feitos exames para checar se está tudo bem. Anemia, por exemplo, pode causar sintomas parecidos. Então, após exames, se tudo estiver bem, é possível que seja realmente ansiedade e precise ser cuidada e acompanhada.

Ansiedade na gravidez: como lidar

Além do acompanhamento pré-natal, e de buscar por atendimento psicológico específico para gestantes para te ajudar com as questões que estão lhe causando ansiedade, é possível aprender novos hábitos para auxiliar no cuidado da ansiedade. Algumas atitudes simples, podem ajudar a lidar com a ansiedade na gravidez. Observe algumas ideias:

  • Atividade física regular. Em geral, é seguro praticar atividade física durante a gravidez. No entanto, se você estiver em risco de parto prematuro ou tiver complicações na gravidez, consulte seu médico primeiro. Algumas opções para mamães sedentárias, que não tenham costume de malhar, é procurar ioga ou pilates voltado para grávidas.
  • Agende uma massagem para você. Se possível, faça esses procedimentos relaxantes uma vez por semana.
  • Procure dormir bem. Seja uma rotina calmante para dormir, um travesseiro grande próprio para gravidez ou algumas noites em uma cama longe do seu parceiro que ronca, agora é a hora de aprender o que funciona para o seu sono. Permita-se dormir o máximo que puder e o mais confortável possível.
  • Pratique mindfulnes (atenção plena). Pesquisas mostram que a atenção plena pode reduzir as preocupações com o trabalho de parto e pode até prevenir a depressão pós-parto.
  • Escreva um diário da gestação. Escrever sobre suas preocupações pode ajudá-la a refletir sobre suas preocupações.
  • Separe alguns minutos do dia para meditar e respirar tranquilamente, sozinha, mentalizando bons pensamentos.

Crise de ansiedade no pós-parto

Como a chegada do bebê vira tudo “de pernas pro ar”, é normal que haja alguns momentos de ansiedade com o recém-nascido. Você se preocupa se ele está mamando direito, se está tudo bem com sua saúde, tenta entender poque ele chora tanto, entre outras coisas que só um bebê fazem a gente pensar.

O “baby blues”, que é um período de melancolia e sentimentos confusos, também pode aparecer. Mas são sintomas que duram poucas semanas e não podem perdurar. Já o medo de “não dar conta” ou de passar mal e não conseguir cuidar do bebê, são exemplos de sintomas de ansiedade no pós-parto.

Um estudo com mulheres americanas retratou que 18% sentiram sintomas relacionados à ansiedade. Muitas confundem os sintomas com depressão pós-parto, mas normalmente, na depressão, sente-se uma tristeza muito profunda. Já ansiedade se caracteriza mais por pensamentos acelerados e sensação de aflição. Se estiver se sentindo acelerada e preocupada, mas sem depressão intensa, você pode ter transtorno de ansiedade pós-parto.

Se você sentir que está passando por crises de ansiedade no pós-parto, é importante procurar por uma psicóloga perinatal para que seja feito o devido acompanhamento.

Como dissemos anteriormente, se a mãe não conseguir realizar suas tarefas diárias por conta da ansiedade, como cuidar do bebê, ou o faz, mas provindo de muito esforço e desconforto,  é preciso acompanhamento profissional.

Amamentação – Tudo o que você precisa saber.

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Que a amamentação é ótima para os bebês e para as mamães você com certeza já sabe. Reduz o risco de desenvolvimento de câncer de útero e de mama e, no bebê, fortalece o sistema imunológico e reduz os riscos de mortalidade infantil. Mas, na prática, sabemos que boa parte das mães ainda encontra dificuldades ou dúvidas sobre aleitamento materno.

No entanto, a amamentação, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil ela é exclusiva em 45,8%. Enquanto a meta estabelecida é de aumentar em 50% a taxa de aleitamento materno segundo o Ministério da Saúde, nos primeiros seis meses de vida até 2025.

Amamentar pode ser estressante para mães de primeira viagem, mas não se preocupe, estamos aqui para ajudar. Reunimos o que você precisa saber sobre a amamentação, bem como informações e dicas para você começar.

A amamentação para o bebê

Seu primeiro leite, chamado colostro, é considerado “ouro líquido” — não apenas por sua rica cor amarela, mas porque está repleto de nutrientes e anticorpos e ajuda o sistema digestivo dos recém-nascidos a crescer e funcionar adequadamente.

Durante as primeiras semanas de vida do seu filho, o colostro se transformará em leite maduro contendo a combinação perfeita de nutrientes e anticorpos que seu bebê precisa para crescer.

Acredita-se que a saliva do seu bebê “avisa” o seu corpo para ajudá-lo a modificar o conteúdo do seu leite para atender às suas necessidades. Assim sendo, seu corpo produz “leite personalizado” para combater também as doenças as quais seus bebê por ventura esteja exposto.

Além disso, o contato físico pele a pele durante a amamentação é importante para os recém-nascidos. Não só proporciona uma sensação de calor, conforto e segurança para o seu bebê, mas também aumenta a produção de oxitocina do seu corpo, um hormônio que ajuda a mantê-lo calmo e auxilia o fluxo de leite materno.

Aprender a amamentar

A amamentação é uma habilidade aprendida! É uma jornada de aprendizado na qual você e seu bebê embarcarão juntos. E antes mesmo de seu bebê nascer, há algumas coisas que você pode fazer para tornar sua experiência de amamentação mais tranquila quando o bebê chegar:

  • Discuta seu desejo de amamentar com seu médico de pré-natal para garantir que quaisquer lesões anteriores que você tenha ou quaisquer suplementos, medicamentos (antidepressivos, por exemplo) ou anticoncepcionais que esteja tomando sejam seguros para a amamentação.
  • Muitas maternidades e hospitais oferecem aulas de amamentação para ensinar o básico, se matricule, lá você poderá aprender, por exemplo, sobre a pega do bebê que é muito importante para uma amamentação saudável.
  • Procure a ajuda profissional de uma doula para te orientar no processo.

Melhor técnica de amamentação

A amamentação saudável envolve a pega correta, por isso, é importante observar:

  • O bebê deve estar virado para a mãe, barriga com barriga, e bem junto de seu corpo, apoiado e com os braços livres.
  • A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo.
  • Quando o bebê pega o peito, o queixo deve encostar na mama, os lábios ficam virados para fora, o bico entra em direção ao céu da boca da criança, e o nariz fica livre para respirar.
  • A aréola inferior ao bico, precisa ficar o máximo possível coberta pela boquinha do bebê.
  • Ofereça a outra mama apenas ao sentir o esvaziamento da primeira. Se ele não mamar o suficiente para esvaziá-la, na próxima mamada comece pela mesma mama.

Se notar que o bebê fica saciado e que não há nenhum tipo de incômodo ou dor para você, a amamentação está acontecendo corretamente.

Mastite

Um problema comum (e bem doloroso!) relatado por várias mulheres é a mastite. A sua principal causa é o acúmulo de leite estagnado nos ductos lactíferos.

Esse bloqueio acaba causando inflamação e muita dor. Isso acontece geralmente por:

  1. Produção de leite muito maior do que o bebê consegue mamar (doar para bancos de leite pode ser uma solução).
  2. Esvaziamento incompleto durante as mamadas (é importante deixar o bebê esvaziar totalmente uma mama e só depois oferecer a outra).
  3. Fissuras ou machucados na auréola, facilitando a entrada de bactérias.
  4. Pega incorreta, dificultando a mamada e o esvaziamento da mama.

Caprichar na higiene e dar de mamar quando o bebê quiser são ações simples, mas que podem prevenir a mastite.

O que é relactação e translactação?

Em determinadas situações, por diferentes razões, o bebê não pode ser amamentado assim que nasceu, um exemplo são os bebês prematuros que precisem ficar internados em unidade intensiva. Outro caso é quando a mãe tem algum problema de saúde que a impeça de amamentar.

E chamamos de relactação o processo de ajudar a mãe (que já produziu leite em algum momento da vida) a amamentar. Nesse processo, a mama é estimulada através da sucção do bebê para que o organismo da mãe entenda que precisa voltar a produzir leite.

Se a produção de leite não for suficiente, a translactação é o processo de alimentar o bebê com o auxílio de sonda, mas perto do seio da mãe, como meio de reproduzir a amamentação natural, porém ela é feita por fórmula.

A amamentação é ótima para os bebês e para as mamães por isso, na medida do possível, devemos buscar promovê-la sempre.

Plano de parto: o que é e como fazer.

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O plano de parto é um documento que garante como será a interação entre a mãe, seus acompanhantes e toda a equipe que fará o parto. Os planos ajudam a dar mais segurança para a mãe, e permitem aos profissionais na maternidade entender o que é importante para a gestante em trabalho de parto. Embora os planos de parto não sejam uma garantia total de resultado, eles descrevem claramente como uma mãe grávida deseja que seu trabalho de parto e nascimento ocorram, diminuindo muito as chances de algo acontecer fora do que ela gostaria.

Podemos considerar o planejamento de parto uma grande vitória de todas as mulheres, pois, nas décadas passadas mal se falava em “preferência” quando o assunto era parto. Era como se a mulher não fosse atuante o suficiente para dizer que forma se sentiria mais segura para trazer seu filho ao mundo.

O plano de parto é um documento assegurado pela OMS, e muito importante, que contempla não apenas tudo o que envolve o parto, como também o puerpério e o pós-parto. Acompanhe a seguir tudo o que deve constar nele e como elaborar o seu.

O que é um plano de parto?

Um plano de parto é um registro escrito do que você gostaria que acontecesse quando tiver seu bebê. Os planos de parto podem ser simples ou mais complexos: não existe um único modelo para todas as mulheres. Cada mãe escolhe o que é importante para si.

O que é mais valioso quando falamos sobre os planos de parto é que eles dão à futura mamãe uma ‘voz’ para seu corpo e uma opinião nas decisões que são tomadas.

Preciso ter um plano de parto?

Uma das principais vantagens, seja ele um plano de parto particular, que você desenvolve junto com o obstetra que fará seu parto, ou um plano de parto SUS, que você desenvolve com o médico durante o pré-natal para levá-lo ao obstetra plantonista, é que ele ajuda você a se preparar para ter um bebê. Fazer um registro escrito pode ajudá-la a focar a atenção no que é realmente importante. E o plano de parto SUS, por exemplo, pode ser uma boa maneira de iniciar conversas entre uma mãe em trabalho de parto e o obstetra de plantão, uma oportunidade do profissional poder integrar as informações do processo vivido no pré-natal ao seu atendimento naquele momento.

O que incluir no plano de parto?

Cada item de um plano de parto deve ser discutido antes com seu obstetra e com a equipe que estará presente no seu parto. Assim, visitar a maternidade algum tempo antes é fundamental para entender detalhes de espaço e como funciona o plantão disponível.

Lá você pode incluir:

  • Quem você gostaria que estivesse com você para apoio.
  • O tipo de exames que você prefere e a frequência das verificações.
  • Opções de alívio da dor.
  • Posições para trabalho de parto: se a mãe prefere na vertical, por exemplo; ou banheira, se disponível.
  • O que você gostaria que acontecesse depois que seu bebê nascesse. Por exemplo, ficar com você e não ser separado.
  • A iluminação no local de parto: mais baixa? Mais alta?
  • Gostaria que tocasse alguma música mais relaxante (ou mesmo mais agitada) durante o parto?
  • A mãe quer dar à luz de um jeito espontâneo ou prefere puxos dirigidos?
  • Fatores (culturais ou religiosos) importantes para você.

Plano de parto modelo

O modelo mais simples para o planejamento de parto é uma lista, ou check-list. Você pode pesquisar um modelo online ou mesmo pedir um ao seu obstetra, se ele disponibilizar.

No entanto, se preferir escrever seu próprio plano, você pode listar o que deseja de acordo com cada momento: antes do parto, parto e pós-parto. Por exemplo:

A seguir listo minhas preferências para o momento do parto, e se algum plano não puder ser seguido, gostaria de ser previamente avisada a respeito das alternativas.

Trabalho de parto:

  • Presença de meu marido e doula.
  • Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem intestinal).
  • Liberdade para caminhar
  • Escolha da posição que quero ficar.
  • Analgesia: pedirei se achar necessário.
  • Sem rompimento artificial de bolsa.
  • O pai cortará o cordão umbilical do bebê.

Parto:

  •  Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas).
  • Episiotomia: apenas em último caso.
  • Luzes apagadas e ar condicionado desligado na hora do nascimento.
  • Gostaria de segurar o bebê imediatamente após nascer.
  • Quero amamentá-lo quanto antes.

Após o parto:

  • Expulsão espontânea da placenta.
  • Bebê e doula o tempo todo comigo no quarto.
  • Exijo saber todos os procedimentos e exames que o bebê precisar fazer.
  • Alta hospitalar quanto antes, se estivermos saudáveis e não houver intercorrências.

No final, acrescente um agradecimento, além de local e data. Em seguida, assine o documento e, se possível, peça para seu obstetra assinar também. Assim você terá seu documento prontinho para levar para a maternidade na hora do parto.

Quem recebe o documento é a enfermeira que está cuidando dos procedimentos iniciais. Ela deve anexar seu plano ao seu prontuário para ser seguido por toda a equipe do hospital. E lembre-se de manter uma cópia com você.

Parto humanizado: pode ser feito pelo SUS?

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Você já sabe que tipo de parto quer ter? E você sabia que o parto humanizado é um direito de toda mamãe? No procedimento hospitalar diário em uma maternidade, os partossão corriqueiros e comuns: a equipe médica deve estar pronta para receber a grávida e proceder da melhor maneira possível. Mas apenas isso não basta.

Hoje em dia sabemos que, pela OMS, é direito da mãe ser bem acolhida, respeitada e cuidada nesse momento tão especial que é o parto. Os impactos psicológicos e emocionais desse momento devem ser igualmente levados em consideração.

Segundo o documento da OMS, o parto deve acontecer num local acolhedor, seguro dentro das perspectivas médicas e que haja também acolhimento da mãe. A mãe, por sua vez, deve ter direito a acompanhante e a ter voz ativa durante todo o processo. Ela pode, por exemplo, escolher em que posição quer ficar para o nascimento. 

Parto Humanizado – Entendendo melhor

Sabe-se que a via mais natural para o bebê quando mãe e bebê estão saudáveis é o parto normal. Mas existe uma diferença entre o parto normal e o parto humanizado.

Quando uma mulher tem parto normal, isso significa que a criança nasceu por via vaginal; ou seja, não foi um parto cesárea. Mas isso não diz nada a respeito de como essa mãe foi tratada pela equipe, se ela escolheu todo o processo… O parto normal, por si só, não garante que a mulher tenha um parto humanizado de verdade.

É preciso ter total controle do que acontece durante o parto, levando ele o tempo que precisar para acontecer. Isso significa que não é necessário que haja intervenções desnecessárias, como aceleramento do parto ou mesmo realizando uma cesárea eletiva. O objetivo é deixar o bebê nascer da maneira mais natural possível, de uma forma tranquila e amorosa.

O conjunto de procedimentos durante o parto humanizado garante, entre outras coisas:

  • o apoio e o acompanhamento do pai do bebê e/ou outra pessoa que a mãe queira
  • o acompanhamento de uma doula, se a mãe assim o desejar
  • comunicação da mãe e de tudo o que ela quer durante aquele momento
  • escolha da melhor posição para o nascimento
  • escolha da iluminação do local
  • intervenção da equipe médica apenas se necessário

Qual o papel da doula no parto humanizado?

A doula é a profissional encarregada de acompanhar a mulher durante a gestação e o parto. Ela fica responsável por dar suporte emocional, estar presente durante todo o processo, fornecer encorajamento, carinho e muito apoio.

Não cabe à doula a realização de nenhum procedimento médico nem substituir qualquer um dos membros da equipe médica. 

No entanto, durante o parto humanizado ela pode ajudar fazendo massagens na mãe, orientando sobre a respiração correta, ajudando-a relaxar, explicando o que está acontecendo, em que fase do processo ela está, etc. São elas também que explicam pro acompanhante da mãe como ajudar de uma maneira mais ativa. E elas só substituem a presença desse acompanhante se for desejo da grávida.

No pós-parto, a doula também auxilia na amamentação, orientando e acolhendo, tirando dúvidas dos pais, explicando cada momento, principalmente para as mães de primeira viagem, dando todo o conforto possível para ela. 

Para muitas mamães, a escolha e o acompanhamento de uma doula é tão importante quando a escolha do médico.

E você sabe como achar médicos humanizados que atendam por planos?

Pedindo a taxa de cesarianas dos médicos credenciados ao plano.Perguntando a respeito de profissionais a outras mães em fóruns online e comunidades de gestantes. Isso é muito importante para escolher o profissional ideal para te acompanhar nesse momento.

Além disso, outra coisa que se pode fazer é procurar médicos que cobram por reembolso. Assim, mesmo que você tenha que pagar o profissional, o seu plano vai reembolsá-la depois.

Parto humanizado no SUS – Como posso ter?

Apesar de ainda não ser tão frequente como em hospitais privados, o parto humanizado pode, sim, ser feito pelo SUS.

Como dissemos anteriormente, o parto humanizado é direito de toda gestante, “independente de sua classe social”. Pelo SUS, o pré-natal é totalmente gratuito e a gestante tem que ser contemplada por pelo menos seis consultas de pré-natal.

A gestante também tem direito a ter a sua vaga garantida em um hospital na hora do parto, seja parto normal ou não, assim como a ter seu acompanhante e/ou sua doula a seu lado no parto humanizado.

A mãe tem o direito de participar de maneira ativa do parto e, mesmo no SUS, a mãe tem o direito de escolher se prefere dar à luz na água, se o hospital disponibilizar banheira apropriada para isso, e por quanto tempo vai querer ficar com o bebê após o seu nascimento.

Entretanto, para não ter que reivindicar seus direitos num momento tão delicado assim, é importante ter um acompanhante que esteja inteirado das suas vontades, e se encarregue disso, no momento, para te preservar.

E se, por acaso, for necessário um parto cesárea, ainda assim o ambiente precisa ser acolhedor, a mãe sentir-se amparada em todos os momentos. Em suma, o direito da mãe na hora do parto deve ser sempre respeitado.

Obstetra: como escolher o melhor?

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Quais são as qualidades de um obstetra? Você sabia que além das habilidades necessárias empregadas por todos os médicos, o obstetra e o ginecologista devem demonstrar certas qualidades e características?

A sensibilidade, a capacidade de ouvir e a compreensão, por exemplo, são de extrema importância para esses profissionais, pois as consultas geralmente envolvem o relacionamento com os pacientes e seus familiares; suas dúvidas e sonhos.

Por isso, a escolha de um bom ginecologista e obstetra perpassa muita pesquisa e uma boa dose de intuição; mas nem por isso precisa ser uma busca estressante ou difícil. Neste artigo você entenderá melhor alguns detalhes a respeito destes profissionais. Confira.

Qual a diferença entre obstetra e ginecologista?

Apesar de muitos médicos optarem por seguir ambas as especialidades (ginecologia e obstetrícia), existem diferenças entre elas. Veja:

  • O obstetra envolve cuidados durante a pré-concepção, gravidez, parto e imediatamente após o parto. É com ele que deve ser feito todo o pré-natal. Ele pedirá exames e indicará os tratamentos e medicações corretos quando for o caso.
  • Já o ginecologista envolve o cuidado de todos os problemas de saúde da mulher (prevenção, cuidado, exames de rotina, etc.).

Como escolher um bom obstetra?

Se você tem plano de saúde, comece pesquisando sua rede de obstetrícia. A maioria dos sites e aplicativos dos planos deixam disponíveis para consulta todos os obstetras disponíveis que aceitam seu plano. Isso é muito importante para evitar surpresas na hora do parto.

Além disso, observe também:

  1. A reputação online: além de perguntar para amigas e familiares, leia os comentários no site do médico, em fóruns ou comunidades de grávidas. Pergunte se o médico, além de atender bem, tem um bom relacionamento com suas pacientes. Ele ouve a paciente? Explica com cuidado e atenção?
  1. Pesquise sobre o consultório. O obstetra atende em consultório próprio? Tem disponíveis equipamentos para realizar ultrassom em todas as consultas? O espaço é organizado, limpo e acolhedor? Costuma atrasar as consultas?
  1. Se possível, busque especialistas para sua gestação, já que cada gravidez é única. Por exemplo, alguns obstetras são especialistas em FIV — fertilização in vitro. Há também obstetras que evitam fazer cesáreas; preferem e incentivam partos naturais. Ou, ainda, aqueles especialistas em diabete ou anemia gestacional. Enfim, pense em seu perfil e naquilo que é muito importante para você. Conhecer o profissional é fundamental para que você se identifique com ele e se sinta segura.

Como é o ginecologista ideal?

Da mesma forma, mesmo quando não está grávida, a mulher precisa pesquisar antes o tipo de ginecologista que ela deseja que acompanhe sua saúde.

Por exemplo, se você se considera mais séria, gostaria de um ginecologista semelhante ou gostaria de alguém que pudesse trazer um pouco de leveza às suas consultas? Você quer que seu ginecologista apenas lhe mostre os fatos e peça exames, ou você prefere um comportamento mais gentil e aberto durante a consulta ginecológica?

Há também mulheres que preferem sempre se consultar com mulheres.

Em se tratando da saúde de seu próprio corpo e também de seu bebê, no caso do obstetra, a escolha por um bom profissional é algo muito íntimo, que deve, sim, ser conduzido com tranquilidade, atendendo àquilo que você acredita. Dessa forma, a probabilidade de você se sentir segura com alguém confiável será muito maior!

Saiba que sua decisão não é final

Tenha em mente que você não está preso à sua decisão. Você está no controle de seus cuidados de saúde. Se o seu relacionamento com seu ginecologista ou obstetra não parece estar dando certo, tente falar sobre suas preocupações. Às vezes, pode ser uma simples questão de esclarecer uma falha de comunicação ou mal-entendido, e então tudo volta a correr bem.

Mas, se você sentir que precisa mudar para um novo médico, tudo bem também. Quando se está passando por algum tratamento de saúde delicado ou em meio a uma gestação, é natural e necessário que a mulher sinta total confiança em seu médico. Se isso não estiver acontecendo, é absolutamente aceitável que você escolha passar com outro profissional.

Algumas mulheres não gostam de interromper o pré-natal com um obstetra e continuar com outro, por acharem que isso possa atrapalhar o acompanhamento. No entanto, isso não é verdade. Basta levar todos os exames, dúvidas e a caderneta da gestante com seus dados anteriores para que o novo médico comece a acompanhar a gestação.

7 dicas para escolher hospital e maternidade.

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Se você está planejando ter um bebê, escolher o hospital maternidade é uma prioridade, não é mesmo? E com certeza, você terá muitas perguntas e escolhas a fazer: que tipo de parto quero ter? Que profissional vai realizar o procedimento? Quem será meu acompanhante no momento?

Tudo pode ficar um pouco confuso durante a gestação, afinal, são muitas mudanças — então decidir onde será o parto já pode ser uma coisa a menos na lista de afazeres.

A melhor maneira de conhecer esses lugares é agendando uma visita ou tour guiado, para que você possa observar e perguntar tudo. Embora existam muitos fatores a serem considerados, aqui estão 7 coisas que o hospital maternidade que você escolher deve oferecer:

1. Excelência Clínica no Trabalho de Parto

Você quer ter certeza de que você e seu bebê estão em mãos experientes. O hospital maternidade deve ser acreditado por órgãos competentes, e ter uma equipe de especialistas certificados pelo conselho para orientá-lo durante o trabalho de parto. Isso inclui:

  • anestesiologistas
  • enfermeiros
  • médicos obstetras

Seu médico pode ser o mesmo que te acompanhou durante o pré-natal, ou um plantonista. Isso dependerá também do seu plano de saúde. Se o parto ocorrer pelo SUS, é muito provável que o obstetra será um plantonista, disponível na data.

Algumas maternidades também disponibilizam cursos de amamentação e preparação para o parto. Vale a pena perguntar a respeito.

2. Estrutura neonatal

Um bom hospital maternidade inclui em sua equipe, neonatologistas dedicados e enfermeiros treinados no cuidado de bebês prematuros ou que requerem alguma atenção especial no momento do nascimento.

Também é importante que o lugar conte com bons berçários ou, de preferência, mantenha bebê no mesmo quarto que a mãe, fortalecendo o vínculo entre ambos desde o primeiro momento.

A hora dourada também deve ser respeitada e o bebê deve permanecer o máximo possível com a mãe assim que nascer. Esse momento tão importante representa a primeira hora de vida do bebê, a imediata transição do útero para o exterior.

3. UTI adulta e neonatal

Escolha uma maternidade que tenha um suporte de UTI adulta e neonatal bem equipada e moderna, pois algumas gestações tendem a ser mais complicadas na hora do parto e pode ser preciso um apoio mais intensivo.

Apesar de não ser permitido visitar esse local antes, é uma informação muito fácil de se conseguir, conversando com os atendentes e a equipe do local.

4. Opções de parto

Dar à luz é um dos eventos mais monumentais e transformadores que você já experimentou. O hospital maternidade deve fornecer as ferramentas para criar e respeitar um plano de parto que descreva como você deseja dar à luz seu bebê, incluindo quais técnicas e abordagens de apoio você deseja durante o trabalho de parto.

Isso inclui os tipos de medicação para alívio da dor, técnicas de aromaterapia, banheira, possibilidade da presença de uma doula com você.

5. Quartos de hospital maternidade para a mãe

Em sua visita às maternidades, peça para ver como é o quarto onde a mãe vai ficar após o parto. Eles precisam ser acolhedores e confortáveis, para que tanto a mãe como o bebê se sintam seguros e protegidos.

Assim sendo, o tamanho e outras comodidades devem ser discutidas com a equipe do hospital, pois, nem todos os planos de saúde cobrem quartos privativos, por exemplo (a mãe divide o local com outra mãe); ou que permitam visitas durante todo o dia.

Pergunte a respeito do que há disponível para seu tipo de plano e peça para visitar exatamente o modelo de quarto ou enfermaria em que você vai ficar. E se for fazer algum tipo de decoração, cheque antes o que pode ser levado para o local (enfeite para a porta, lembrancinhas, balões, flores, etc.), pois nem tudo é permitido levar.

6. Localização do hospital maternidade

Entre as opções que atendem ao que você espera para seu parto, qual delas é a mais próxima?

Visualize que, estando grávida, você pode precisar de atendimento médico com urgência ou tenha que “correr” até o local diante de um imprevisto. Como será feito esse transporte? Quanto tempo demora para chegar ao local?

Estude bem a localização para que a distância não seja um empecilho na hora da necessidade.

7. Converse com outras mães

Sempre que possível, peça a opinião de outras mulheres ou mesmo de seu médico. Essa é uma das dicas mais preciosas. A experiência do parto é algo que a mulher dificilmente esquecerá; assim como todos os acontecimentos daquele dia. E seu médico, por experiência própria, saberá informar qual a melhor estrutura para o tipo de parto que você deseja.

E, mesmo que nenhuma conhecida tenha dado à luz no hospital maternidade que você deseja, você pode utilizar a internet para checar opiniões de outras mães. Há vários fóruns online onde as mulheres trocam suas experiências, citam médicos e procedimentos, avaliam quarto, alimentação e a atenção dada à mãe e ao bebê.

Portanto, sempre pesquise!

Você sabe o que é uma doula?

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A doula (do grego, “mulher que serve”) é uma mulher treinada para auxiliar outra mulher na hora do parto, e providenciar todo o apoio para essa mãe e sua família após o nascimento do bebê.

É importante lembrar que a doula não é parte da equipe médica do hospital ou alguma amiga de seu círculo social. Ou seja, é necessário escolher com cuidado e carinho essa pessoa tão especial, que precisa ser devidamente treinada.

A função de doula já está no Código Brasileiro de Ocupações e também tramita ao nível nacional a regulamentação da profissão. Além disso, a doula, segundo o Ministério da Saúde, é uma garantia que a gestante pode exigir durante o parto, independente de ser um hospital público ou particular. Mas, afinal, o que faz uma doula? A seguir você entenderá melhor o quão especial ela é. Confira!

O que faz uma doula?

O momento do parto é cheio de ansiedade e expectativa. E as mulheres sempre buscaram apoio de outras mulheres. Antigamente eram as mães, as irmãs, parteiras… o parto era cercado da ajuda e do apoio delas.

Mas, com o passar do tempo, o parto começou a ser uma experiência muito mais individual, solitária, um procedimento médico frio e, em alguns tristes casos, traumático. É como se, gradualmente, o número crescente de partos em hospitais, com uma equipe pouco preparada para lidar com os medos e sentimentos de cada mãe, fosse mecanizando tudo.

O movimento de retorno ao parto humanizado e gentil, a redução do número de cesarianas sem necessidade, e mesmo nos pedidos de anestesia, tudo contribuiu para um cenário que vem sendo melhor para as mulheres em trabalho de parto.

Nesse contexto, entra a doulagem. Entre as atribuições da doula estão:

  • Auxiliar e ajudar os pais do bebê, ou o acompanhante da mãe, durante o trabalho de parto. Ela indica o que esperar, quais são as fases do nascimento, intercorrências, etc.
  • Sugere massagens, contrapressões, descanso e técnicas para alívio das dores. Permanece com a mãe sempre que ela quiser, acalmando e conversando. O apoio da profissional é sempre gentil e cuidadoso.
  • Orienta sobre respirações e posturas. Fornece ideias de posicionamento para conforto e progressão do trabalho de parto
  • Provém suporte emocional, ajudando as famílias a se sentirem apoiadas, facilitando a experiência emocional do parto e também ajudando a criar um espaço onde os hormônios do parto possam funcionar da melhor maneira possível. Seja um parto completamente sem medicação ou mesmo um parto complexo, todas as famílias podem se beneficiar de carinho e conexão neste momento delicado e incrível em suas vidas. O apoio físico e emocional faz uma enorme diferença para todos os envolvidos.
  • Auxilia e orienta na amamentação.

Em meio a todos esses benefícios, é importante lembrar também que uma doula não é, de forma alguma, responsável por procedimentos médicos. Ela também não pode tomar decisões pela mãe nem pela equipe médica.

Além disso, a mãe tem direito a seu acompanhante de qualquer modo. Ou seja, a doula no parto não substitui o acompanhante.

Qual o trabalho da doula no pós-parto?

Além do suporte emocional, a transição para a vida materna pode ser delicada e mesmo muito confusa para a maioria das mulheres. As doulas também possuem escuta ativa, encorajando, orientando e promovendo suporte. Com isso, correm menos risco de depressão pós-parto.

A amamentação também precisa de cuidados e orientações especiais e a doula pode ser um grande apoio nesse momento.

E se não for parto normal?

Muitas mães imaginam que para ter o apoio de uma doula é necessário que seja um parto normal/natural, mas a verdade é que a mãe tem o direito de ter uma doula presente em seu parto, mesmo que seja realizada uma cesárea.

Durante a cesariana, a mãe também sente dúvidas e necessita de apoio. A doula pode confortar, informar em que passo da cirurgia estão, quais são os próximos acontecimentos até a chegada do bebê, etc. Além disso, a doula garante que o ambiente do parto seja tranquilo e familiar em qualquer circunstância. E que mãe não gosta de se sentir apoiada e acolhida, não é mesmo?

Semanas gestacionais: como contar?

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Muita gente se atrapalha na hora de contar as semanas gestacionais. E quando alguém  pergunta com “quantos meses você está”, geralmente você acaba respondendo da mesma forma. E vamos combinar que, quando medimos por meses, fica realmente mais fácil, não é? 

Entretanto, a mamãe de primeira viagem não precisa ficar preocupada fazendo contas. Aprender a lidar com as semanas gestacionais é mais simples do que você imagina. E muito importante para entender quais exames básicos de cada trimestre devem ser feitos. 

A seguir vamos te explicar direitinho quanto tempo dura a gestação, como contar as semanas de gestação e também a correlação entre semanas e meses.

Semanas gestacionais: como contar?
Semanas gestacionais: como contar?

Semanas gestacionais – Você sabe com quantas você está?

Antes de tudo, vale dizer que saber as semanas de gestação é muito importante, pois é assim que você saberá em que fase seu bebê se encontra e seu médico vai saber exatamente quais exames pedir para cada momento. 

A gravidez comum dura, em média, 40semanas. Isso é, quando a mãe entra no nono mês de gestação, ela está na 36ª semana e o bebê pode nascer a qualquer momento. Se o bebê nasce antes da 36ª semana, é considerado prematuro.

No entanto, há também bebês que demoram mais alguns dias e semanas para estarem prontos de verdade. Se você optou pelo parto natural, por exemplo, sabe que terá de aguardar a hora do bebê e não adianta apressar as coisas. E aí alguns bebezinhos acabam por nascer lá pertinho de completar 40 ou até 41 semanas.

Essas semanas de gravidez são divididas em trimestres: temos então os 3 trimestres como marcos.

Por que a gestação é dividida em trimestres?

Essa divisão das semanas de gravidez em trimestres ajuda a mulher a entender melhor cada alteração pela qual seu corpo passará, já que cada período tem características próprias e exames básicos de cada trimestre.

A correlação entre semanas e meses é feita da seguinte forma:

1º TRIMESTRE: de 0 a 13 semanas de gravidez

Os três primeiros meses de gestação são muito importantes. Nessas primeiras semanas gestacionais a mulher começa a apresentar os primeiros sintomas (enjoos e sonolência são os mais comuns). Eles geralmente somem no segundo trimestre, mas, em alguns casos, podem durar todas a gestação. 

Se a mulher estiver enjoando demais no decorrer das semanas de gestação, e impossibilitada de comer e se hidratar, isso pode ser sinal dehiperemese gravídica. O médico poderá receitar algumas medicações e tratamento apropriados.

Esse trimestre é bem delicado para a mãe e para o bebê. As emoções ficam à flor da pele, há oscilações de humor e toda a tensão que envolve descobrir que está grávida. O corpo começa a demonstrar mudanças e isso nem sempre é simples para todas as mulheres. Contar com apoio é fundamental nesse momento. 

Os exames básicos do 1º trimestre são:

  • Tipagem sanguínea e fator Rh; 
  • Hemograma completo;
  • Urina tipo I; 
  • Urocultura e antibiograma;
  • Glicemia de jejum; 
  • Exame parasitológico de fezes; 
  • Teste de toxoplasmose;
  • Citologia cérvico-vaginal; 
  • Sorologia para sífilis (VDRL), ELISA anti-HIV;
  • Primeiro ultrassom (transvaginal, no início da gestação);
  • Ultrassom morfológico (entre a 11ª e a 14ª semana).

2º TRIMESTRE: de 14 a 26 semanas de gravidez

Essas semanas de gestação correspondem do 4º ao 6º mês e geralmente são mais confortáveis para a mamãe. Os sintomas do primeiro trimestre começam a desaparecer e a barriga, apesar de aparecer bastante, ainda não está tão pesada que impeça a mulher de dormir bem.

É no segundo trimestre também que a mamãe começa a sentir os movimentos do bebê. É um momento único e indescritível! 

Os exames básicos do 2º trimestre são:

  • Ultrassom morfológico (entre a 19ª e a 24ª semana).
  • Glicose;
  • VDRL;
  • Curva Glicêmica (avaliação de risco de diabetes gestacional)

3º TRIMESTRE: de 27 a 40 semanas de gravidez

Essas semanas de gravidez correspondem do 7º ao 9º mês. O bebê agora está grande e forte, e a mamãe exibe um barrigão e tanto. E nesse fim de gestação que o cansaço pode bater forte, além do desconforto na hora de dormir. 

Além disso, o bebê se mexe muito nessa fase, e é possível ver seus movimentos o dia todo. A ansiedade para o parto aumenta, portanto, é primordial manter-se longe de estresse sempre que possível nessas últimas semanas de gestação.

Os exames básicos do 3º trimestre são:

  • No mínimo mais dois ultrassons;
  • Hemograma para acompanhamento de anemia;
  • VDRL e controles sorológicos que forem necessários;
  • Cultura vaginal e retal para a pesquisa de Streptococcus;
  • Cardiotocografia do bebê  (CTG);
  • Ultrassonografia obstétrica com ou sem Dopplerfluxometria colorida do bebê.

Em suma, cada uma das semanas gestacionais é muito importante a seu modo, cada uma preparará seu bebê para um nascimento saudável e feliz.