Amamentação – Tudo o que você precisa saber.

Que a amamentação é ótima para os bebês e para as mamães você com certeza já sabe. Reduz o risco de desenvolvimento de câncer de útero e de mama e, no bebê, fortalece o sistema imunológico e reduz os riscos de mortalidade infantil. Mas, na prática, sabemos que boa parte das mães ainda encontra dificuldades ou dúvidas sobre aleitamento materno.

No entanto, a amamentação, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil ela é exclusiva em 45,8%. Enquanto a meta estabelecida é de aumentar em 50% a taxa de aleitamento materno segundo o Ministério da Saúde, nos primeiros seis meses de vida até 2025.

Amamentar pode ser estressante para mães de primeira viagem, mas não se preocupe, estamos aqui para ajudar. Reunimos o que você precisa saber sobre a amamentação, bem como informações e dicas para você começar.

A amamentação para o bebê

Seu primeiro leite, chamado colostro, é considerado “ouro líquido” — não apenas por sua rica cor amarela, mas porque está repleto de nutrientes e anticorpos e ajuda o sistema digestivo dos recém-nascidos a crescer e funcionar adequadamente.

Durante as primeiras semanas de vida do seu filho, o colostro se transformará em leite maduro contendo a combinação perfeita de nutrientes e anticorpos que seu bebê precisa para crescer.

Acredita-se que a saliva do seu bebê “avisa” o seu corpo para ajudá-lo a modificar o conteúdo do seu leite para atender às suas necessidades. Assim sendo, seu corpo produz “leite personalizado” para combater também as doenças as quais seus bebê por ventura esteja exposto.

Além disso, o contato físico pele a pele durante a amamentação é importante para os recém-nascidos. Não só proporciona uma sensação de calor, conforto e segurança para o seu bebê, mas também aumenta a produção de oxitocina do seu corpo, um hormônio que ajuda a mantê-lo calmo e auxilia o fluxo de leite materno.

Aprender a amamentar

A amamentação é uma habilidade aprendida! É uma jornada de aprendizado na qual você e seu bebê embarcarão juntos. E antes mesmo de seu bebê nascer, há algumas coisas que você pode fazer para tornar sua experiência de amamentação mais tranquila quando o bebê chegar:

  • Discuta seu desejo de amamentar com seu médico de pré-natal para garantir que quaisquer lesões anteriores que você tenha ou quaisquer suplementos, medicamentos (antidepressivos, por exemplo) ou anticoncepcionais que esteja tomando sejam seguros para a amamentação.
  • Muitas maternidades e hospitais oferecem aulas de amamentação para ensinar o básico, se matricule, lá você poderá aprender, por exemplo, sobre a pega do bebê que é muito importante para uma amamentação saudável.
  • Procure a ajuda profissional de uma doula para te orientar no processo.

Melhor técnica de amamentação

A amamentação saudável envolve a pega correta, por isso, é importante observar:

  • O bebê deve estar virado para a mãe, barriga com barriga, e bem junto de seu corpo, apoiado e com os braços livres.
  • A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo.
  • Quando o bebê pega o peito, o queixo deve encostar na mama, os lábios ficam virados para fora, o bico entra em direção ao céu da boca da criança, e o nariz fica livre para respirar.
  • A aréola inferior ao bico, precisa ficar o máximo possível coberta pela boquinha do bebê.
  • Ofereça a outra mama apenas ao sentir o esvaziamento da primeira. Se ele não mamar o suficiente para esvaziá-la, na próxima mamada comece pela mesma mama.

Se notar que o bebê fica saciado e que não há nenhum tipo de incômodo ou dor para você, a amamentação está acontecendo corretamente.

Mastite

Um problema comum (e bem doloroso!) relatado por várias mulheres é a mastite. A sua principal causa é o acúmulo de leite estagnado nos ductos lactíferos.

Esse bloqueio acaba causando inflamação e muita dor. Isso acontece geralmente por:

  1. Produção de leite muito maior do que o bebê consegue mamar (doar para bancos de leite pode ser uma solução).
  2. Esvaziamento incompleto durante as mamadas (é importante deixar o bebê esvaziar totalmente uma mama e só depois oferecer a outra).
  3. Fissuras ou machucados na auréola, facilitando a entrada de bactérias.
  4. Pega incorreta, dificultando a mamada e o esvaziamento da mama.

Caprichar na higiene e dar de mamar quando o bebê quiser são ações simples, mas que podem prevenir a mastite.

O que é relactação e translactação?

Em determinadas situações, por diferentes razões, o bebê não pode ser amamentado assim que nasceu, um exemplo são os bebês prematuros que precisem ficar internados em unidade intensiva. Outro caso é quando a mãe tem algum problema de saúde que a impeça de amamentar.

E chamamos de relactação o processo de ajudar a mãe (que já produziu leite em algum momento da vida) a amamentar. Nesse processo, a mama é estimulada através da sucção do bebê para que o organismo da mãe entenda que precisa voltar a produzir leite.

Se a produção de leite não for suficiente, a translactação é o processo de alimentar o bebê com o auxílio de sonda, mas perto do seio da mãe, como meio de reproduzir a amamentação natural, porém ela é feita por fórmula.

A amamentação é ótima para os bebês e para as mamães por isso, na medida do possível, devemos buscar promovê-la sempre.

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