Você sabe o que é uma doula?

A doula (do grego, “mulher que serve”) é uma mulher treinada para auxiliar outra mulher na hora do parto, e providenciar todo o apoio para essa mãe e sua família após o nascimento do bebê.

É importante lembrar que a doula não é parte da equipe médica do hospital ou alguma amiga de seu círculo social. Ou seja, é necessário escolher com cuidado e carinho essa pessoa tão especial, que precisa ser devidamente treinada.

A função de doula já está no Código Brasileiro de Ocupações e também tramita ao nível nacional a regulamentação da profissão. Além disso, a doula, segundo o Ministério da Saúde, é uma garantia que a gestante pode exigir durante o parto, independente de ser um hospital público ou particular. Mas, afinal, o que faz uma doula? A seguir você entenderá melhor o quão especial ela é. Confira!

O que faz uma doula?

O momento do parto é cheio de ansiedade e expectativa. E as mulheres sempre buscaram apoio de outras mulheres. Antigamente eram as mães, as irmãs, parteiras… o parto era cercado da ajuda e do apoio delas.

Mas, com o passar do tempo, o parto começou a ser uma experiência muito mais individual, solitária, um procedimento médico frio e, em alguns tristes casos, traumático. É como se, gradualmente, o número crescente de partos em hospitais, com uma equipe pouco preparada para lidar com os medos e sentimentos de cada mãe, fosse mecanizando tudo.

O movimento de retorno ao parto humanizado e gentil, a redução do número de cesarianas sem necessidade, e mesmo nos pedidos de anestesia, tudo contribuiu para um cenário que vem sendo melhor para as mulheres em trabalho de parto.

Nesse contexto, entra a doulagem. Entre as atribuições da doula estão:

  • Auxiliar e ajudar os pais do bebê, ou o acompanhante da mãe, durante o trabalho de parto. Ela indica o que esperar, quais são as fases do nascimento, intercorrências, etc.
  • Sugere massagens, contrapressões, descanso e técnicas para alívio das dores. Permanece com a mãe sempre que ela quiser, acalmando e conversando. O apoio da profissional é sempre gentil e cuidadoso.
  • Orienta sobre respirações e posturas. Fornece ideias de posicionamento para conforto e progressão do trabalho de parto
  • Provém suporte emocional, ajudando as famílias a se sentirem apoiadas, facilitando a experiência emocional do parto e também ajudando a criar um espaço onde os hormônios do parto possam funcionar da melhor maneira possível. Seja um parto completamente sem medicação ou mesmo um parto complexo, todas as famílias podem se beneficiar de carinho e conexão neste momento delicado e incrível em suas vidas. O apoio físico e emocional faz uma enorme diferença para todos os envolvidos.
  • Auxilia e orienta na amamentação.

Em meio a todos esses benefícios, é importante lembrar também que uma doula não é, de forma alguma, responsável por procedimentos médicos. Ela também não pode tomar decisões pela mãe nem pela equipe médica.

Além disso, a mãe tem direito a seu acompanhante de qualquer modo. Ou seja, a doula no parto não substitui o acompanhante.

Qual o trabalho da doula no pós-parto?

Além do suporte emocional, a transição para a vida materna pode ser delicada e mesmo muito confusa para a maioria das mulheres. As doulas também possuem escuta ativa, encorajando, orientando e promovendo suporte. Com isso, correm menos risco de depressão pós-parto.

A amamentação também precisa de cuidados e orientações especiais e a doula pode ser um grande apoio nesse momento.

E se não for parto normal?

Muitas mães imaginam que para ter o apoio de uma doula é necessário que seja um parto normal/natural, mas a verdade é que a mãe tem o direito de ter uma doula presente em seu parto, mesmo que seja realizada uma cesárea.

Durante a cesariana, a mãe também sente dúvidas e necessita de apoio. A doula pode confortar, informar em que passo da cirurgia estão, quais são os próximos acontecimentos até a chegada do bebê, etc. Além disso, a doula garante que o ambiente do parto seja tranquilo e familiar em qualquer circunstância. E que mãe não gosta de se sentir apoiada e acolhida, não é mesmo?

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